Apresentação

APRESENTO-ME

Este caderno é de um homem rude,

solitário feito um anjo perverso,

é o sangue de um homem sem virtude,

cuja única virtude é o seu verso.

Escrevo não por dom, é uma atitude,

um jeito de me confessar: confesso!

Já nem se trata mais de solitude,

nem de falar de algo já pregresso.

É uma atitude revolucionária,

escrevo à sombra e detono o pavio.

Este poema é festa literária,

é como a água efêmera de um rio,

é como um assovio, uma doce ária,

é um jeito de falar, e silencio...

Vagner Rossi

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 02/07/2010
Código do texto: T2353719
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