Laudatório

Quando Deus inclina-se de Seu Trono

para o olhar sobejamente compassivo

lançar sobre nossas crepusculadas vidas,

e a curvatura da celeste abóboda pende

seus arcos com os anjos acotovelados

a sussurrar transportadas bençãos em

eflúvios por nossas íris aspiradas,

nossos olhos alados ficam como

pássaros a elevar aos altos cimos

copiosos lauréis ao Divino Poeta

nas mais estarrecidas gratidões,

que nem nos sonhos mais translúcidos

poderíamos imaginar que no repositório

dos humanos corações a mesma Divindade

lampeja em radiantes fachos de Luz

que são os portais aos quais Ele nos

enlaça para nosso retorno derradeiro

ao crisol da Verdade Única do Grande

Sol do Fogo ao Amor Universal.