Repurgas da vida

Que a sombra latente do mundo

Espalhe sobre nós pobres mortais

A luz da justiça suprema

E assim das hastes sentenças

Livrai-nos das bestas sem paz

Que o fado alado dos sinos

Toquem nos corações sem dor

E tal qual um sorriso menino

Repurga sem medo o destino

De quem sempre da vida amou

Que a áurea sagrada da vida

Encante-nos como os salmos de Salomão

E que possamos tratar das feridas

Que mesmo abertas e doídas

Não esmaece a fé construída

Que brota desse coração