Clamor

 

Peço-te perdão do que sou.

Peço-te perdão do que me acham.

Nunca fui de mal algum.

Nunca fui o que me quiseram.

O que vivo é amor.

O que eu não tenho é a vida.

O que escrevo é o meu temor,

a minha pobre solidão.

Eu sei que tenho muitos amores,

mas me falta muito ainda.

Em seu jardim há muitas flores,

mas no meu há um vazio

que eu tanto busco completar.

Não me tente compreender

porque nesse mundo eu não estou,

apenas ando a vaguear

por completar o que eu não fui...

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 19/11/2010
Reeditado em 19/11/2010
Código do texto: T2624331
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