Visita noturna
Cinco dias que a mãe não dormia.
Com seu filho fora de casa,
sem nenhuma notícia,
nem deitar conseguia.
Na sexta noite de solidão
Seu filho apareceu,
era claro e translúcido
como em uma visão.
“Mãe, não posso lhe deixar assim.
Sei que se preocupas,
mas neste momento,
nada podes fazer por mim.
Minha vida de assalto foi tomada,
meu peito foi esfaqueado,
nem minha amada foi poupada
da maldade do ladrão armado
Só que agora não dói mais
É como um sonho ruim que se acabou
Minha dor é ver sofrer você
que sempre tanto me amou.
Dorme agora mãe querida,
sonha com os dias que virão!
Depois segue sua vida
pra onde mandar o coração.”
Confusa a mulher deita,
Muito cansada para dormir.
Seu filho desaparece
sem ao menos se despedir...
=NuNuNO==
( Que um dia visitará alguém querido, e dirá: Buuuuuuu! )
PS para as adventistas da poetização feliz de plantão: Não é lindo como o céu, nem iluminado como o sol... Fazer o que? Quem espera, sempre cansa...