A outra margem do rio
Vou
por caminhos sem esquinas
descobrindo vales e colinas,
numa busca ainda que tardia,
onde nem sempre é dia.
Vou
além do meu corpo,
além do meu quarto,
além do que encontro,
além do que trato.
Vou
por lugares tristes,
de rostos esquecidos
implorando por comida.
Vou
por lugares felizes
de rostos tranqüilos
festejando a vida.
Vou
além da dor,
além do pranto,
além do amor,
além do espanto.
Vou
onde as histórias são seculares,
resistentes ao tempo,
onde os gestos e os olhares
são como doce alento.
Vou
e deste lado da margem
meus pés vão tocando
a infinita estrada.
Em uma única viagem,
em uma única madrugada,
desde os campos de fome
aos céus de beleza sem nome.
Céus, de tanta grandeza,
de tanta luz,
de tanta paz.
E quando o relógio do corpo me acorda
vou
voltando para este lado do rio
não tem dia, nem noite, nem hora.
Vou
para o meu maior desafio.
Levo no olhar
a tristeza pela dor que se viu
e a certeza da esperança que o amor construiu
Vou
por caminhos sem esquinas
descobrindo vales e colinas,
numa busca ainda que tardia,
onde nem sempre é dia.
Vou
além do meu corpo,
além do meu quarto,
além do que encontro,
além do que trato.
Vou
por lugares tristes,
de rostos esquecidos
implorando por comida.
Vou
por lugares felizes
de rostos tranqüilos
festejando a vida.
Vou
além da dor,
além do pranto,
além do amor,
além do espanto.
Vou
onde as histórias são seculares,
resistentes ao tempo,
onde os gestos e os olhares
são como doce alento.
Vou
e deste lado da margem
meus pés vão tocando
a infinita estrada.
Em uma única viagem,
em uma única madrugada,
desde os campos de fome
aos céus de beleza sem nome.
Céus, de tanta grandeza,
de tanta luz,
de tanta paz.
E quando o relógio do corpo me acorda
vou
voltando para este lado do rio
não tem dia, nem noite, nem hora.
Vou
para o meu maior desafio.
Levo no olhar
a tristeza pela dor que se viu
e a certeza da esperança que o amor construiu