VIDA DEVOTA
E no chamado a sã leitura
Com nome duma ventura;
A honra de ser chamado
No sacro serviço religioso
Nas mãos que tem domínio
O pai que nela é lembrado
Por um motivo grandioso
Da tradição, um fascínio,
Na benção que é louvado.
O colocar de um solidéu,
Para o leigo apenas chapéu,
O respeito ao sacro lugar:
Não ingerir o que é profano,
Não se alimentar do impuro,
Nem deixar o pão levedar,
Ao único, santo e soberano,
Com o qual me sinto seguro
O que me motiva a rezar.
E a luz que nunca se apaga,
A mão que nos afaga,
De uma consciência perene
Ao bem que se irá praticar
Não espere doce amargura
Num voto que seja solene,
De corpo e alma a cantar
Ao abandonar a loucura
Deste fado sair-lhe indene.
(YEHORAM)