O sopro da morte

Um frio, um orvalho fino.

Uma mão que acena.

Uma lágrima que cai.

Um vento que assovia.

Um tempo que vai.

Um corpo rijo.

Um lamento inaudível.

Um rosário de saudade.

Uma despedida serena.

Uma outra mão que acena.

Uma promessa perene.

Um amigo invisível.

Um manto negro se fecha.

Uma luz lá longe se faz.

Uns amigos e outros também.

Uma alegria completa a viagem.

Uma passagem que se fez.

Uma morte lúcida e calma.

Enfim termina o poema.

Tendo a morte como tema.

Lá longe ou perto, ela nos acena.

Autor Desconhecido