Canção da Solidão

A solidão benfazeja chega e me afaga

No mar da estrada onde trafego

Alma trôpega, em desvario

Embebida numa textura fina e amarga.

O sol em declínio anuncia

Sob a tênue luz, o fim do dia

Minh’alma curva-se no silêncio

Suscetível semeia poesia.

Alcanço a ladeira vermelha do sonho

Aos pouco me agasalho na esperança

De um caminho amplo e luminoso

Nos vales do silêncio tibetano.

Ó Deus não permite que a solidão

De mim seja hóspede

Vagarosa, sigo um caminho jubiloso

Entôo baixinho uma bela canção.

Imagino-me repleta de energia

Aromatizada com óleo de sândalo

Refaço meu lado espiritual

Irrigado em espumas de alegria.

Roseli
Enviado por Roseli em 09/05/2011
Código do texto: T2959048