Há uma puta em mim

Há uma puta em mim

De vestido curto e vermelho

De lábios sedosos e vermelhos

De unhas limpas e vermelhas

Há uma puta em mim

De cabelos longos e escuros

De olhos desenhados e escuros

De pele branca e pelos escuros

Há uma puta em mim

De charme

De silêncios perigosos

De desejos ardorosos

Há uma puta em mim

Que se embriaga de vinho

Que veste a indecência

Que ler a consciência

Há uma puta em mim

Que se deita e vem por cima

Que me chama e me ensina

Trama a nossa próxima cena

Há uma puta em mim

Com total domínio de si

De palavras e perversões

Abraços e intenções

Há uma puta em mim

Desejando minha boca

Mordendo-me o pescoço

Passando a mão em minha nuca

Há uma puta em mim

Que me excita e me deixa viril

Espreme-me e me aperta ao seu corpo

Com as pernas entre minhas pernas

Há uma puta em mim

Que insanamente me faz pensar

Com fogo nu a amar

E paixão a nos alimentar

Há uma puta em mim

Que me rouba o folego

Que suspira em meu ouvido

Que me prende e me sente

Ela me deseja por inteiro

Rola-me pelo lençol

Geme com dor e prazer

Entre ósculos e delírios

Faz desse poema

Um gozo precioso...

Bortella C
Enviado por Bortella C em 08/06/2011
Código do texto: T3021016
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