Quando o peito esfacela em dor e a mente revira e revira,

A ansiedade coroe os sentidos e engana o coração,

Os olhos queimam e a face enrubesce,

É preciso ter fé.

Diante de mil impressões fingidas, fugitivos nos tornamos;

Da cólera imprevisível, incrédulos petrificamo-nos;

Do amor mal resolvido e do furor que invade, praguejamos;

Da indiferença, calamo-nos.

Diante do desejo não concedido, revoltamo-nos.

Onde está a fé?

Perdidos no vazio da escuridão, pedimos luz.

Onde está a fé?

Está guardada,

Perdida,

Esmiuçada,

Entre o nosso orgulho,

Em meio aos nossos caprichos,

Buscando a porta chamada sensibilidade.

Colibri
Enviado por Colibri em 17/12/2006
Código do texto: T320778