O Retorno ao Vazio

O Vazio é tão vazio

Que tudo é não-ação

A matéria toda ruiu

Como a Rainha da Ilusão

No Abstrato Absoluto

Tudo se reduz ao Nada

Os sentidos entram em luto

E não passam da entrada

A Música das Esferas

Jorram da Fonte Gloriosa

Da Eternidade das eras

Que se reduz a uma rosa

Mística dos tempos antigos

Brotava no coração imaculado

Dos Mestres, nossos amigos

E seus alunos tão amados

O Vazio rompe o pensamento

Destrava o calabouço

Foge como selvagem vento

Da mente e seu esboço

O Vazio nos toca o Coração

Penetra o sangue corporal

Com o Poder da Imaginação

E a Vontade de um Ser Real

Esvaziemos a nossa mente

Da revoada esvoaçante

Que nasce de toda semente

Do Ego e sua amante

A Senhora Personalidade

Que surge na primeira infância

Atua com mais liberdade

Após a morte, sempre com ânsia

Sejamos vaporosos

Em nosso modo de pensar

Sublimemos os dias penosos

Com a Força do Logos Solar

Voltemos à remota Unidade

Perdida com o Fruto Proibido

Regressemos à Dourada Cidade

Do qual havíamos partido

Na Jerusalém Celestial

Seremos seres divinos

Deixaremos o corpo carnal

E viveremos dias infindos.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 06/11/2011
Código do texto: T3320252
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