Noite escura, um rio entre brumas se descortina
Um barqueiro decrépito em viagens contínuas
Transporta Almas por estranhas cercanias
Murmurando uma canção triste e dolente
Pois nem todas estão conscientes da travessia
Algumas pedem clemência desejando ficar
Outras, como zumbis, empurradas sem dó
E o barco desliza no rio carregando o fenecer
Os obcecados dizem que necessitam de moedas
Os céticos como insanes dão gargalhadas
Os evoluídos sabem que não é este o processo
Assim decorrem épocas e as estórias se propagam
Com ou sem barqueiro todos fazem a travessia
Sem rótulo de raças, seres cristãos ou ateus
E no Porto das Almas, as incertezas ancoram.

verita
Enviado por verita em 01/12/2011
Código do texto: T3366797
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