postigo emperrado

preciso sentir alguma coisa,

se não escrevo torto, sem jeito

as portas da imensidão do mundo

estão com defeito

me perco num paraíso

cuja graça é parar com isso,

com essa coisa de encontrar em alguém

o que não trago comigo,

de me alegrar com o castigo

de adormecer com o amor

pra de manhã dizer:

pra onde fugiu a dor?

adorei esse teu jeito

sacana de cooptar com o que digo,

imaginando-o sincero,

tal como esse postigo

que sei que não vai abrir...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 30/01/2012
Reeditado em 08/02/2012
Código do texto: T3470307
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.