Para falar de amor

Pedes-me para falar de amor.

Levar uma palavra de esperança,

porém me sinto tão inferior.

Minha fé é ainda uma criança,

que insiste em não crescer.

Teimosamente se faz pequenina,

a cada dia e a cada amanhecer;

tentando reagir na vespertina

e desistindo ao anoitecer.

Como pode um vaso de barro,

carregar tão precioso tesouro?

A palavra é um ato tão caro,

se falar é prata, silenciar vale ouro!

Porque tenho que falar,

Se não tenho o que dizer?

Às vezes prefiro calar,

Do que maldizer!

Porém, posso ser medroso,

mas não sou tão louco,

para negar teu amor misericordioso,

que faz tanto bem com meu pouco.

Gilberto Ângelo Begiato
Enviado por Gilberto Ângelo Begiato em 21/03/2012
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