Branca Folha

A sua pele,

É clara como noite de luar,

Recebendo a estação, as flores

Do então jardim só visto pelo grito

Silencioso do vento!

Sua natureza é alva,

Feito nuvem caminhando pelo ar

Levando Gênesis e albinos tigres,

A procura da nau, do sonho sonhado,

Do verbo a ser pintado em sua face!

Eleita pelo sentimento,

Por vezes calado no peito, no seio,

És também o ventre da palavra

Sorridente, chorosa, ardente,

A teia de pescar ilusões!

Quando ouves a fala,

Não hesita em acompanhar a solidão,

O silente trilhar do instrumento

E seu condutor de ninhos e fantasias

Encastelada no coração, na alma Atenas!

Após a última nota,

Seu perfume ganha o espaço,

Embriagando quem da luz nasceu,

Quem da arte fez o amor,

Quem do amor fez sua herança!

Auber Fioravante Júnior

21/04/2012

Porto Alegre - RS