Devagar eu vou mudando (Para meu amigo Mauro Marques)

Vou, devagar, mudando.

Tirando o que não presta.

Vou me conhecendo,

lentamente vencendo,

aparando arestas.

Quero ser bem melhor

do que antes fui

e vou limpando o ar,

meu coração, meu lar

das coisas que polui.

A duras penas

obra pequena se constrói.

Vencer, amigo, é preciso.

Crescer, amigo, dói.

Mas como não

queimar no fogo dessa chama?

Porque livrar-se do inútil

do que aprisiona, do que é fútil,

põe-nos a prova

e nos descama.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3700810
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