POR ACASO, VOU AMAR AGORA...

Gostaria imensamente de amar,

isto se não fosse incomodo nenhum,

pois, pode parecer um pouco fora de moda.

Quando me lembro da maneira

que se amava; o tempo que levava

para ir do flerte, até pegar da mão...

Estou pensando de um amor,

construído sobre bases aparentes de carinho,

de amor sincero, dos olhos nos olhos,

dos frios que percorriam nosso corpo.

Da ansiedade daqueles momentos.

O medo de perder o que se havia conquistado.

Dos momentos, que se tinha que conquistar

para dizer que estava namorando.

Da imensa vontade de se ter a amada

sempre em nossos braços e peito.

Mas fora ! O egoismo...

Pois, se não estiver eu fora de moda,

poderia vos falar em amor

de sinceridade, aquele que havia fidelidade.

Gostaria de vos falar de um amor

que nos causava, a sensação do bem estar,

que embriagava mais que qualquer bebida.

O amor era pleno, cândido, amorável,

e se tinha no casal, a soma de tudo que

se vislumbrava, para acontecer o maior

carinho entre a gente.

As admirações eram reciprocas, verdadeiras,

aceitávamos nossos defeitos e sobretudo,

nossas individualidades.

Se não fosse tão fora de moda,

eu gostaria de ir a matiné, com meu amor,

ver os filmes maravilhosos, ir a seção das 16,00 horas,

e o das 20;00 horas. As filas davam

voltas nos quarteirões, e nós felizes,

de mãos dadas, no aguardo da pipóca,

do drop's, do escurinho do cinema,

e quem sabe: ver entre a restia da luz,

o tirante do vestido cair.

Se não fosse, tão fora de moda,

eu pediria em nome das amizades

que fizemos, tão duradouras

daquela época,

que só mesmo o tempo

que é nossa testemunha.

Eu me consolaria e pediria a solidariedade

deste tempo, à meus amigos de juventude.

E diria a todos eles: que saudades...

De todos vocês, e que falta me faz

aquela união que tinhamos.

Se não fosse, tão fora de moda,

eu relembraria aqui as famílias, que saudades...

Nossas comunidades unidas, a paz que vivíamos,

o quanto era gostoso o aconchego dos nossos lares,

os lares dos amigos, das namoradas, as nossas

renovações de energias...

A família... A obra do criador...

Penso, que aquilo era felicidade.

Se não fosse, tão fora de moda

eu rogaria a criação para que nos abençõe,

mesmo eu estando tão fora de moda.

A vida é bela...

e eu agradeço por existir...

Do Escrevedor de Versos: tabayara sol e sul

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 05/06/2012
Reeditado em 16/06/2012
Código do texto: T3706299