Reino de Brandura

Eu sei que língua falas,

Sei de onde vens.

Ouço cada vez que levantas

e pela manhã me diz:

Bom dia pai,

perdão se não me animo

pelo dia amanhecer.

Mas, ouço sempre o seu pedido,

Ouço sempre o seu agradecer;

não me zango com sua ofensa

porque sei que o perdão sempre

vem a mim carecer.

Por mais difícil que foi o passado,

por mais difícil que seja o presente,

eu confio em sua força,

porque ela não vem só de mim,

vem de meu pai.

Quando pelo vale da morte eu andei,

sempre o escutei.

Hoje, vivo ao seu lado e

cuido de um imenso rebanho:

ovelhas que me escutam,

ovelhas que me zombam e,

são estas ovelhas perdidas

que não quero mais que se escondam.

Nem que se percam nos caminhos,

nem que se afoguem nos rios,mas sim,

deixe-me as guiar e,

escutem o meu chamado,

tornando as ovelhas fiéis,

ovelhas que me amam

e que acreditam no meu

Reino de Brandura.

Gisele Liz
Enviado por Gisele Liz em 07/02/2007
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