Fantasma Amigo

Nas silentes horas, quando fico sozinha

Sentindo o ócio dorido dos meus dias,

Vejo uma sombra seguindo os meus passos

É um fantasma triste que me espia.

E fico então a meditar tristonha

Qual a razão de costumaz companhia

Por que motivo assim me acompanha

Um fantasma triste, uma figura fria.

Será um anjo a se esconder na sombra.

E esta é a dúvida que me propicía,

Este pensar de coisa triste e morta

Pois anjo é luz e fonte de alegria.

Clareia-se então a tal figura

E vejo enfim em tempo tão fugaz,

A mutação da minha própria vida

Em luz e sombra, como o fantasma amigo

A me dizer que somos imortais.

Atina Lisarb
Enviado por Atina Lisarb em 18/02/2007
Código do texto: T385418