O CONSOLADOR PROMETIDO

Outrora em tempos distantes,

No predomínio das trevas,

Em épocas bem primevas

Do raciocínio do homem,

Uma estrela irradiante

Mostrava que entre as palhas

Se agitava um pequenino,

Na humanidade errante.

Aguardava-se o Messias

Na figura de um guerreiro

Imponente e altaneiro,

Sem pena nem compaixão...

Aquele que com bravura

Dominasse toda a terra,

Defendendo os escolhidos,

Que não tinham teto e chão.

E o Rei aqui se aportava

De forma contraditória,

Conflitando a Memória

De um povo de vis torpezas...

Principalmente Herodes

Quando soube de tal fato,

Em reação tresloucada

Ordenou se eliminassem

As crianças indefesas!

Perseguições se fizeram

Sem trégua desde esse dia,

E a promessa se cumpria

Apesar das ameaças,

Pois, Deus é Pai Soberano!...

E era essa sua vontade

Que seu Filho Salvador

Trouxesse ao mundo o Amor

E se cumprisse o Seu Plano!

Suas Palavras Sublimes,

Com a autoridade dos Céus,

Foi retirando os véus

Que encobriam a Verdade...

Arrebanhou multidões,

Mostrando que a vida é eterna!

Fez de si mesmo lições,

Remodelou os padrões,

Deu ao Mundo a Claridade!!

Mas as trevas "poderosas",

Se sentindo ameaçadas,

Fez valer o fio da espada

À quem seguisse a Jesus...

Mas era a fé tão intensa

Que não se temia a morte,

E à tudo enfrentavam,

Para trás ninguém olhava

Cientes da Eterna Luz!!

A chama assim persistia

E a luz mais se espalhava,

A terra se iluminava

E experimentava a Paz...

Mas as sombras revoltadas

Acirraram suas garras,

Até que por fim conseguiram

O que tanto almejavam,

Levá-lo aos tribunais!

O Cristo não reagia

Aos maus tratos, às injúrias,

Não se opunha àquela fúria

Da multidão enceguecida.

Sabia que aquela gente

Não tinha noção do Bem,

Seguia passos em frente,

Esparramando as Sementes

Que brotariam no além!!

Mesmo na cruz infamante,

Em frangalhos, moribundo,

Não blasfemou contra o mundo,

Pediu a Deus perdoassem-lhes,

As tantas bestialidades...

Viu o bom ladrão ao seu lado,

Não o afligiu, nem o julgou,

Em doce voz anunciou:

Vais comigo à Eternidade!

Naquele dia porém

O planeta estremeceu.

Forte temporal se deu,

Mostrando que aquele homem

Era mesmo o anunciado...

Enrolaram-no em um manto,

Levaram-no à sepultura,

A multidão a essa altura

Supunha tudo acabado!

Mas eis que enorme surpresa

Se deu ao terceiro dia,

A tumba estava vazia,

O corpo desaparecera...

Mistério em toda a região!...

Mais tarde o viu Madalena

Em corpo materializado,

Deixando aquele povoado

Numa grande confusão!!

Reuniram-se os apóstolos

E falavam de Jesus,

Mas eis que aparece em luz

O Mestre que tanto amavam.

Tomé não acreditou!!

O Cristo logo o chamou:

Vem Tomé bote o teu dedo,

Sou eu sim, não tenhas medo,

com vocês de novo estou!

Ficou por quarenta dias,

Como outrora Ele ficava,

Bebia, se alimentava,

Sendo tudo tão normal!...

Deixando clara a lição:

A vida nunca se acaba,

Só a carne é que perece,

Mas outro corpo aparece,

Para a vida Universal!!

Missão cumprida partiu,

Deixando a lição do Amor.

Falou de um Consolador

Que em Seu Nome viria...

Quem tem, pois, olhos de ver

E tem ouvidos de ouvir,

Não perca o fio desta história,

Pois já se cumpre esta Glória,

Que o Mestre Jesus prometia.

Tião Luz
Enviado por Tião Luz em 03/11/2012
Reeditado em 12/11/2012
Código do texto: T3966997
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