O TEMPO PARA SONHAR
Não diga nada.
Viva de silêncio.
Da criança
Receba o sorriso gratuito.
No corpo amado
Cale-se e agradeça
O amor doado.
Dos monumentos
Frios fixos da cidade
Sorva os movimentos
Invisíveis do tempo.
No interior do homem
Espere com paciência
A resposta secular ansiada.
Das aves lá no alto
Procure o teu par de asas
A tua idéia de Liberdade.
Diga Sim!
Aquiesça!
Adentre-se sem medo
No mundo do Não-Ser.
Procure o silêncio
O infinito espaço
No exíguo tempo
Que resta para sonhar.
© Jean-Pierre Barakat, 15.03.2007