Será que fui covarde

Deus, a cada dia que passa.

Eu sinto, que minha vida este mudando.

Esta mudando lentamente, eu sei.

Tudo o que passei, eu consegui superar.

Já consigo sorrir, já consigo ver melhor.

Começo a entender as pessoas, e aceitá-las.

Como elas são, sem nenhuma restrição.

Não vejo mais, nas pessoas um inimigo.

Hoje tenho amigos, e uma visão diferente.

Vejo a vida diferente, sem ter medo de ser só.

Aquele medo, que por anos me fez companhia.

Eu que vivia no silencio, e me fazia de surdo.

Outras vezes me fazia de cego, para não ver.

Que alguém amigavelmente, me estendia á mão.

Eu tinha medo da solidão, mas não conseguia.

Afastar-me, pois só na solidão me sentia seguro.

Como me sentia seguro, em meio ao silencio.

Eu tinha medo, de ouvir as pessoas dizerem.

Que fantasmas não existiam, eu era o fantasma.

Que eu mesmo havia criado, para ter uma desculpa.

Para fugir das responsabilidades com Deus, e com o mundo.

Hoje eu penso como as pessoas, pensavam de mim.

Um covarde: Um covarde que nada fazia por si.

Um covarde que fugia, quando alguém falava em Deus.

Hoje eu não fujo mais, o medo deixei para o passado.

Para que ele guarde, junto com a minha covardia.

Então aceitei...

Aceitei... As mãos que me foram estendidas.

Aceitei... O carinho que me foi oferecido...

Aceitei... O amor á fé, que me foram devolvidas.

Aceitei... De volta a esperança, que havia perdido.

Porque alguém ás encontrou, e ás devolveu para mim.