Viagem astral

Enquanto em seu leito o corpo descansa

O espírito se liberta e viaja pelo astral

Do roteiro nem sempre há lembrança

Mas sabemos que a matéria carnal

Por instantes foi o que deveria ser: matéria.

Nestas viagens busca o espírito a evolução

Para si e para quem lhe dá física existência

Pretende assim que aos poucos a compreensão

Chegue a quem falta vontade e paciência

De aceitar a vida como caminho pronto a traçar.

A viagem algumas vezes é cansativa e dolorosa

Pois no caminho deixamos farpas a serem aparadas

E há farpas que em uma física vida enganosa

Não podem ser devida e satisfatoriamente cortadas

Conduzidos somos, pois, ao passado imemoriável.

Outras tantas vezes, como a brisa ao entardecer,

A viagem é suave, amena e renova-nos a energia

De que tanto necessitamos para continuar a viver

Neste plano onde queremos apenas alegria

E nos esquecemos de que há pedras e espinhos.

Ainda está longe do nosso intelecto, entretanto,

Entender que nossa viagem física é só uma pausa

Na infinita viagem do espírito que nem só acalanto

Pretende e assim um grande estranhamento causa

A quem se entrega ao materialismo da vida terrena.

Cícero – 31-05-2013

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 31/05/2013
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