"Em Plenitude"

Em plenitude a alma se enleva

Emerge ao mais alto do firmamento

Faz um retrospecto da vida

Observa milhões de olhares famintos

Mais além, outros,

Sedentos de sangue

Ironizando a vida

Vibram com o horror do banquete.

Quase desiste da volta

Mas sabe que aqui está seu destino

Comprometido à Vivência

À sublimação da Existência

À redenção dos pecados

Outrora deixados em débito!

Mães chorando nas guerras

Filhos desaparecendo no horizonte

Eterna luta do homem

Estabelecida com ele mesmo!

Crianças dormindo ao relento

Subjugadas à margem da vida

Expostas à miséria... Destruídas,

Ultrajadas... Condenadas!

Em outro canto, outras bombas caem

Centenas de vidas se apagam

A alma retorna ao seu mundo

Rumo ao silêncio profundo

No seu regresso, envolta ao barulho

A alma sofre e então chora

Entre soluços murmura:

O amanhã não demora!

Eliana Gaivota
Enviado por Eliana Gaivota em 03/04/2007
Reeditado em 26/01/2011
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