natu
ávida
a serpente desliza
lépida
sob o cascalho frio,
arrasta o corpo úmido
com a destreza de um sábio,
imaginando-se um leão.
a folha,
leve desprende-se do galho
e se entrega
ao vento da tarde
que a muito admirava,
a incerteza da estrada
estremece seu corpo,
mas o olhar
maravilhado
contempla o vôo
e os raios do sol
o riacho
cantante e intrépido,
apenas deixa-se
seguir,
confiante no mar