natu

ávida

a serpente desliza

lépida

sob o cascalho frio,

arrasta o corpo úmido

com a destreza de um sábio,

imaginando-se um leão.

a folha,

leve desprende-se do galho

e se entrega

ao vento da tarde

que a muito admirava,

a incerteza da estrada

estremece seu corpo,

mas o olhar

maravilhado

contempla o vôo

e os raios do sol

o riacho

cantante e intrépido,

apenas deixa-se

seguir,

confiante no mar

velloso
Enviado por velloso em 31/07/2013
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