Aos Que Têm Fome
Referência: MATEUS 6; 19-34
Podeis roubar meus mantimentos,
Deixar-me sem comida alguma,
Prostrando-me à fome de tormentos...
Não sentirei das dores uma!
Pois está escrito a quem compreendeu:
“Nem só de pão viverá o homem, mas
De toda palavra que sai da boca de DEUS”.
Deveras não entendestes? Correi atrás!
Estais em tempo para entendimentos,
Compreensão da verdadeira fonte...
A qual devasta a corroída fome...
É o alimento do reerguimento!
Pois chamemos um menestrel!
Óbvio! Poeta do popular saber...
Do SENHOR, herança que nos valeram;
Que com alegrias explique-a sem rodeios:
“Olhai para as aves do céu,
Que não segam, nem semeiam,
Nem ajuntam em celeiros;
E vosso Pai celestial as alimenta.”
Não as deixando sequer uma seqüela:
“Não tendes vós muito mais valor do que elas?”
Valor este que vira impaciência...
Quando não se busca a divina ciência!
Ó, então, divino poeta onipresente!
Manda-te alentos à pobre gente sem conhecimento...
Que nas escrituras não acham respostas...
Nem nas crenças, o teu ensinamento!
Fala-vos para que não andeis fora de senso...
Nem da montanha teu sermão hás de repetir!
Pois da sagrada brota a esperança do silêncio;
Levando aos pobres de fome motivos para sorrir!
Com isso vos digo, seres que choram pela manhã...
Derrotados pelo esmo das vísceras à noite infernal:
“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã,
Porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo”.
Da escassez que sentíeis, “Basta a cada dia o seu mal”.
Carmo de Oliveira