Quimera ambulante

Os uivos da noite abriram alas ao silêncio

Conflitos vieram da dor que não se iguala

Emoções em volta de o nada a declarar

Razões sem ter razão de alguma razão

Solidão que não fica calada de jeito nenhum

Alegria que perde a graça na estranhas da tristeza.

Escombros que não fazem sentido onde estão.

Teto de vidro sem casa.

O ar tem gosto amargo e doce ao mesmo tempo.

Lembranças se lembram de não se esquecer.

O bem-te-vi chora e não canta.

Cadê a percepção do estar no mundo?

Os lobos estão soltos e andam beijando folhas.

Será que as pessoas vão viver só de utopia?

Corações calados gritam no seu infinito escuro.

Mentes podres andam risonhas por aí para aprontar pela noite.

Caos de memórias falhas e negligentes.

Onde está todo mundo?

Foram aonde?

Os sonhos humanos foram até Marte.

Esqueceram-se de voltar ao planeta Terra.

Que pena.

Utopicamente o devaneio dá sinal de quimera.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 05/02/2014
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