As “Eras” da vida

Era tão deserto que parecia um homem

Era tão certo que virou ilusão

Era tão verdadeiro que agora se esconde

Era tão ontem que ficou pelo chão

Era tão feliz que mal no corpo cabia

Era tão teatro que se esqueceu da razão

Era tão amigo que na dor se escondia

Era um vazio perdido dentro do coração

Era tão sincera que caiu na armadilha

Era tão "ira" que nem contou até dois

Era tão iludida que morreu como ilha

Era tão poesia que parecia Camões

Era tão noite que parecia até dia

Era tão futuro que ficou pra depois

Era tão açoite que o corpo tremia

E ela era tão minha que de repente se foi