Amor Sublime

Pode você ainda crer no amor?

Como não, Senhor!

Se é ele a escada de nossa vida

Fruto dele surgimos

Com ele existimos e persistimos

E se dele fugimos

Destruímos tudo que construímos

É a existência tão nobre e tão sublime?

Como não, Senhor!

Se de vossa própria existência almejamos nossa vida

Somos galhos na escuridão procurando o sol

Em busca de saída

Valerá o tesouro de tantas horas cruzes?

Como não, Senhor!

Se fitamos em vós o nosso tesouro

E fostes vós mesmo o exemplo de sofrer e suportar

Como a árvore frágil suporta o forte vento

E a praia calma suporta o bravo mar

E como suportar o amor?

O amor é o seu próprio suporte

Haure de si mesmo e em si mesmo se consome

Suportá-lo é sorver de si

Quanto emanar em si

Sim, você ainda pode crer no amor!

Como não, Senhor!

Como não, Senhor!

Rui Montese
Enviado por Rui Montese em 13/04/2014
Reeditado em 13/04/2014
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