Caboclo

caboclo

O caboclo se curva diante da dor

Nada tens, nem mesmo amor.

Seus braços fortes

Nada podem agora fazer

Senão quieto no escuro perecer.

Sentado chora, se lamenta,

Grita infeliz, sozinho.

Mas a este lugar

Chegou por seu caminho.

As facetas pontiagudas de sua face

Demonstram os sentimentos do seu coração

Sequelas de uma vida toda ministrada sem perdão.

Bate um sentimento de saudade e,

Aqui de baixo, lembro-me de toda a irmandade,

Com lágrimas nos olhos neste mundo infernal

Acredito um dia receber o perdão celestial.

Ceifando os maledicentes,

Limpo o caminho para alguns crentes.

Que apenas sofrem, não causam o mal,

Preparando-os para o mundo espiritual.