São Francisco de Assis, poema de Bezerra de Menezes

Dava sem receber e recebia distribuindo.

Amava sem exigências e, quando ofendido, amava o ofensor.

Abençoava a todos e, quando apedrejado, servia mais.

Falava sem ferir e, quando ferido, compreendia o revoltado.

Nunca se indignava e, quando em meio à revolta, orava em favor de

todos.

Trabalhava e amava o trabalho.

Defrontando-se com a inércia, estimulava o labor.

Tinha como base da felicidade, a alegria.

Quando encontrava a tristeza, alegrava-se mais.

Não falava em doenças.

Quando encontrava enfermos, enfatizava a saúde, sem esquecer a

fé.

Ouvia em silêncio os que sofriam e falava quando a sua palavra fosse

consolo ou paz.

Desejava o bem a todos, sem cogitar de onde procediam, para onde

iam, a qual escola pertenciam.

Não era dado a examinar procedências para servir, pois via a todos

como filhos de Deus.

Foi bom, foi justo e honesto.

Foi feliz, trabalhador e irmão.

Foi perdão.

Foi manso, enérgico e compreensivo.

Foi caridoso, foi carinhoso e foi pai.

Foi tolerante, humilde e pastor.

Foi santo.

Foi místico e foi homem.

Foi anjo,

porque cultivou um jardim de virtudes dentro do coração, na presença

do Cristo e na lavoura de Deus.