Caramboleira
Às vezes,
O passado nos traz,
na barca da saudade,
pequenas imagens, tatos.
cheiros ou palavras,
de pessoas cujo amor era tanto
que se confundiam
com nosso próprio ser.
Mas tanto quanto,
aquela amiga caramboleira,
ou seria pitanga?
Cujo fruto doce e amigo,
era tão certo e presente,
que nem o notávamos,
entregando-nos
a curiosidade e novidade,
escondidos,
nas árvores do vizinho.
As vezes
descobrimos que desperdiçamos
uma fonte inesgotável,
do mais puro Amor.
Talvez, pela certeza de tê-lo
Sempre à mão.
Como o de nossos
Amigos, irmãos,
Pais e Avós.