LEMBRANÇAS

Sobre a copa das árvores o último vento,

e as folhas começando a amarelar,

o outono se avizinha e logo chega.

Mansamente a água do riacho desliza

entre estreitas margens buscando o rio,

só escuto o suave rumor nas pedras.

A tarde é sufocante, triste e sem brilho,

apenas folhas que caem e os bosques vazios,

no céu não vejo o meu motivo para sorrir.

Cotovias e sanhaços atônitos fazem ninhos,

formigas apressam-se a estocar suprimentos

enquanto cigarras quebram o silêncio.

Lentamente a noite chega e as cores se vão,

agora cantos da noite se fazem ouvir

e os pássaros gorjeiam canções de ninar.

Tantas lembranças, tantos momentos lindos,

tudo que se foi e que não volta mais

são apenas lembranças para sempre.

* Esta poesia está no livro "Mania de Escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. Visite o blog http://manniadeescrever.zip.net com poesias do referido livro.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 20/06/2007
Código do texto: T534284
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