Uma Reflexão entre Caim e Abel

Um osso, uma pedra, um pedaço de madeira.

Uma mão disposta a atender a vontade.

Uma mente entorpecida pela inveja, de maneira,

Que foi cometido o primeiro assassinato da humanidade.

Caim, matou Abel, não teve paciência,

E Abel tombou morto...

Estava feito, não tinha mais retorno a inocência...

Estava abalado o mundo, acabou o conforto.

Onde estava Adão, para orientar os filhos?

Onde estava Eva, com a sabedoria de mãe, que não percebeu as diferenças?

Onde estava a onipresença de Deus, que não impediu Caim?

Jamais o Criador poderia ter amaldiçoado Caim...

O Pai de todos, nada fez,

Ou já sabendo o que iria acontecer,

Deixou a humanidade começar a perecer.

(Será que foi inveja de um pai com complexo de Édipo da sua criação?)

Os caims de hoje continuam a sua sina,

Os abéis rezam e rogam a Deus Proteção,

Mas não param a fúria assassina,

Esta continua viva e em constante movimentação.

O meu Caim é muito forte,

O Meu Abel está amedrontado,

Com receio da morte,

Ou com o Caim novamente ser confrontado...

Só que o meu Abel está de armas nas mãos,

O meu caim terá que ter mais que osso, pedra e madeira para o seu intento.

O bem está preparado para enfrentar as tristes emoções,

De um alter-ego cheio de desalento?

Entenda quem quiser...

Interprete como entender...

Mas não deixe os dois se desequilibrarem dentro de si,

Pois somos meros seres humanos. Segredo: metade animais....