Reencarno

Se é que a estrada se extingue

Nas vidas de onde venho

Dos muitos que nada tive

Dos poucos que ainda tenho.

Não há fim em uma história

Que termina onde começa

Nos fundos da memória

Dos rasos que ainda me resta

Se são oito ou oitenta

Os tópicos da idade

A invenção pra quem inventa

Não é mais novidade

Eis o tempo cego e surdo

Arrastando os seus grilhões

Levando um pouco de tudo.

Deixando vil metal, milhões.

Jaz negro e maciço.

Sereno posto, rosto, calma.

Fecha a boca, cala sorriso.

Desce o sopro sobe a alma

Eis me aqui Senhor

Manancial de emoções

Não sofro mais a dor

Só pulsar de corações.

De onde nunca saí.

Recuperado, outrora volto.

Subo velho preso em ti.

Desço menino leve e solto