QUANDO TUDO PARECE PERDIDO

A vela se extingue enquanto a chama agoniza em silêncio,

em silenciosos "flashbacks" viajo nas minhas lembranças,

vejo agora em devaneios a forma superficial como vivi.

Reclamava de uma pequena dor quando esta me afligia

e nem sequer pensava em quem padece nos hospitais sem cura.

Quando os calçados me atormentavam com incômodo os pés

em nenhum momento eu pensava nas crianças descalças.

Quando o frio chegava, eu insatisfeito maldizia o cobertor,

sequer me importava nos que sucumbem nas marquises sem agasalho.

Alimentava-me e bebia de maneira desregrada e insana,

enquanto muitos buscam apenas um pedaço de pão.

Preocupava-me apenas em amealhar bens materiais e riquezas,

sem pensar em quem não tem sequer um teto como abrigo.

Agora diante deste abismo intransponível,

repenso a minha vida toda em poucos minutos,

e arrependido e penitente apenas me ponho em prece

pedindo, anjo que não sou, que Ele me dê asas para voar.

* Esta poesia está no livro "Mania de Escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. Visite o blog http://manniadeescrever.zip.net com poesias do referido livro.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 12/07/2007
Código do texto: T562143
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