ROCHA ETERNA

Logo que a vitória comecei a cantar,

O meu navio se quebrou

— Terrível castigo —

Na luta contra o temível Inimigo,

E o meu tesouro mais caro afundou

Até o soalho abissal do mar.

O tesouro que eu guardava

— A força da autoestima —

E que eu julgava deveras protegido,

Não suportou a fúria das feras tormentas

Que o Inimigo, em horas secretas, preparava

De forma tão vorazmente felina,

Com artimanhas impiedosamente violentas,

Para me ver, por inteiro,

Desanimado e vencido.

Mas o que o Inimigo não sabia

É que o amor, quando verdadeiro,

É uma rocha que dura eternamente,

Nos momentos de dor e de alegria,

Porque um dia é para prantear,

Enquanto o outro é para festejar.

Nesse vaivém de dias luzidios

E de dias sombrios,

A canção vitoriosa veio à minha alma novamente.

Todos os meus enlevos submersos emergiram

Da escuridão abismal do vasto oceano,

E as tormentas furiosas que tanto me afligiram

Não suportaram a força do amor com que me amo.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 21/09/2016
Código do texto: T5768275
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.