Passeio sem sono

Se amarra em vento minha alma

Lá de cima vê o carrinho de mão

O bebedouro seco

Uma pá

E o campo de palma

Bem do lado do engenho

Passa o gado

Passa a calma

E o melado ainda teima em queimar

O fogo queima

Sem saber o que é doçura

Apura o gosto, mistura

Será que sente o sabor?

A alma pensa

Reflito... sou eu

Então vou embora

Vou pelo cais

Ou pelo Brás

Pela mesquita

Chego em casa

Acordo cedo

E só lembro da parte doce da visita