A evolução da alma

A evolução da alma

Eu tenho em mim uma dilacerante culpa por minhas intuições facetadas de erros.

Chego ver nos sinais tortuosos da minha alma a precariedade evolutiva do quase nada aprendido, nessas idas e vindas.

Tenho em mim, de outras eras, resquícios de amores mal amados, de escolhas malogradas.

Nem o tempo é capaz de apagar o que trago como maldição, por não ter amado ninguém, quando muito fiz amarem-me.

Depois de milhares de anos, aprendi com arrependimentos que amar não é para os fortes.

A ascensão da minha alma, tão fraca, hoje sabe o que é o amor.

Sou tão ancião nesse mundo velho, com aparência jovem.

Morrendo e nascendo nas minhas culpas, por não ter sabido aprender amar a quem me amava.