AUSENTE DO ESPÍRITO

Hoje foi um dia calmo

Andei por algumas ruas

Olhei as pessoas passarem

Senti tristeza por estar.

Senti-me longe mesmo estando ao lado de alguém

Tudo parecia sem sentido pra mim.

A culpa não é de ninguém

Nem do dia que nasceu.

A culpa nem mesmo minha é.

Apenas foi, foi meu espírito que sentiu-se abatido.

Sutil o sol se pôs

Lindo como sempre, se pôs.

Leve respirei, é uma graça respirar.

Ainda sim, fraco e ausente, senti o mundo pisar-me.

Minha alma desligou-se do meu corpo

Nada pude sentir ou dizer de mim

Agora que tudo passou de um momento, peço meu espírito novamente.

Novamente sentir o que existe e inexiste

Novamente destilar a presença indescritível do eterno

Espírito que é parte do todo, sou um traço da completeza única.

Apenas com a transcendência da tua existência posso viver uma vida que possa valer a pena.

Quem sou, diante da fraqueza? Quem dirá da grandeza?

Quem sou, diante do pó de tantos que por aqui passaram?

Quem sou, diante do céu estrelado?

Quem sou, diante do mar?

Quem sou, diante das belas fontes que brotam?

Quem sou, diante do meu egoísmo que me destrói?

Quem sou, diante do desprezo das pessoas?

Quem sou, diante de ti, oh DEUS?