Laroyê! Mojubá, Guardião!

Andava perdido na estrada

Numa linda noite de luar

Parei então numa encruzilhada

Sem saber pra onde caminhar

Ecoou na noite uma gargalhada

E uma voz: “Eu vou te guiar!”

Olhei para todos os lados

E ninguém eu vi na rua

Meus pés no chão grudados

Só consegui olhar para a lua

Os joelhos no chão dobrados

E a voz: “Sou a direção tua!”

Senti em meu ombro uma mão

No corpo correr um arrepio

O sangue a fugir do coração

O calor da noite tornou em frio

E a voz: “Eu sou teu guardião

Por esse caminho sombrio”!

“Não temas nada em tua vida

Mas não causes a ninguém o sofrer

Faça da Justiça a espada escolhida

E não te faltará o meu proteger

Nem a tristeza por ti será sentida

Pois sob minha capa irás viver!”

Daquela noite para cá

O que temer não há mais o quê

E a falar só tenho “Motumbá”!

Para as lutas brado “Ogunhê”

E ao meu Guardião é “Mojubá”

Pois sei que é Laroyê! Laroyê!

Cícero – 28/11/201

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 28/11/2017
Reeditado em 05/12/2017
Código do texto: T6184924
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