O DESPERTAR

Do abismo imenso

Da minha fraqueza

Me deparei com a incerteza

Da força só minha

Das horas agônicas

Do autodesprezo

Da morte os lampejos

Se infiltraram em mim

Dos meus sentimentos

Em total desalinho

Sem asas, sem ninho

No penhasco, no vão

Da grande tristeza

Do extremo da dor

Conheci meu valor

Eu pensei que nem tinha

Do fundo do poço

Do poço profundo

Descobri um mundo

Que eu não conhecia

Ao cair no fosso

Do vale infinito

Eu me vi finito

Assim despertei

Despertei no abismo

Do meu próprio ser

Ao me conhecer

Então me encontrei