O Mistério das Águas

O Mistério das Águas

Eu fui um vale seco,

Então vieram as águas.

Eu fui deserto árido,

Então vieram as águas.

Eu fui terra desabitada,

Então vieram as águas

Eu fui um solo estéril,

Então vieram as águas.

(...)

As águas vieram e

os dias cansados se foram,

o rosto rachado também.

O vale inundou esperança

e a natureza ecoou o sinal.

Os brotos fluíram no deserto,

a secura tornou-se em nada e

vieram o encontro das águas.

Na beirada das correntezas

raízes acharam próprio lar.

E agora ao cheiro das águas

posso reencontrar o eu ideal.

E olhando assim para mim,

frondoso, frutífero, fascinante,

entendo o mistério das águas,

as que correm em mim, por mim,

Através de mim.

Paulo Victor

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 24/08/2018
Reeditado em 13/09/2018
Código do texto: T6429071
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