UM POEMA DE NATAL

Conta a lenda, rezam antigas escrituras

Que nasceu nas palhas de uma estrebaria

Um menino que nos deu sua vida

Para nos salvar e cumprir estranha profecia

Seu corpo pequenino recentemente parido

Foi cingido em panos porque água não havia

Num mundo alheio sufocou-lhe o pranto

O leite bendito das doídas mamas de Maria

O amor supera a dor, seu único alimento

Das forças ancestrais da criação, surgia

No imprevisível cenário o menino vingou

Nos limites preçarios que a vida oferecia

Cresceu em um lugar remoto e extremo

Em grande sabedoria, a criança surpreendeu

Fugiu dos pais foi encontrado numa sinagoga

Com os sábios da época suas ideias discutia

Abdicou da vida mundana, servir ao pai

Era mantra, paixão doentia, razão de vida

Sua pregação fascinou, ocasionou choques,

Criou paradigmas, desmacarou a hipocrisia

Por suas ideias foi levado ao calvário, dizia:

Primeiro a cruz, depois a glória, assim reviveu

Mostrando que a alma era maior que a morte

Assim sua doutrina ninguém mais apagaria

Seu nascimento, na humilde manjedoura

Um rasgo de luz que arrefece nossas aflições

É o marco mais indelével da humananidade

Porque sofreu o infortúnio que a nós cabia

Por isso celebre o nascimento do salvador

Achegue-se, ame, doe-se, viva com harmonia

Abra seu coracao ao sol que nos conduz

Porque o natal é muito mais que um dia!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 18/12/2019
Reeditado em 04/08/2020
Código do texto: T6821705
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