Memórias de Sarayu

Memórias de Sarayu

O chão é desmedido

E o vão desnivelado chama-se terra.

No espelho o reflexo

Da face das águas semelhante ao céu.

Lembro bem do breu,

Nenhum ser além de mim na vacuidão.

E os pilares do mundo,

Onde nada era antes dEle e a palavra.

Nisto surgiu tudo que vi

Eu, perene, vi a fundação do cosmos.

Quando a palavra se deu

Ali também cooperei nos rudimentos.

E como Disse – haja!

E o tempo conta como tudo existiu.

Cronos é o seu nome humano,

E a vida é a sua amada companheira.

Todo ser que vive

É um fruto desse amor sobrenatural.

@c.vict0r

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 28/01/2020
Reeditado em 28/01/2020
Código do texto: T6852135
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