O ANJO DA SACADA AMARELA

Feito favo de pluma leve,
pousa suave contíguo no beiral da sacada amarela, 
um anjo arcanjo  em veste sacrossântica de ave.

Ao que se vira e me olha, canta-me a sorrir!

E à toa em tom sibilar de alta frequência, diz que me ama e chora.

Como um flash,
em um duodécimo de segundo,
sem me dar tempo de que à tempo o impeça,
implore... a rogue...
Sobe leve voa rumo a Deus virando nuvem.

Ao passo que de solilóquio sucumbo na solitude sem tapete que me falta aos pés desmorono em lágrimas.

Ave Maria cheia de graça.

Quanta falta me fazes! 



SERRAOMANOEL - SLZ/MA - R. VALE - 12.05.2006.
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 08/10/2007
Reeditado em 24/11/2007
Código do texto: T686210
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