Ecos - Verdades às Avessas - LVIII

Minha mãe,

minha adorável mãe,

dai-me força

para que eu morra

em meus egoísmos

camuflados de boa ação,

Minha mãe,

minha adorável mãe,

dai-me humildade para

eu compreender

que sou apenas

uma frágil rosa

que sem ti não

consegue vencer,

Minha mãe,

minha adorável mãe,

queima em mim

todo apego que se

faz dor,

Minha mãe,

minha adorável mãe,

ensina-me a morrer

em cada verbo que

mata,

em cada ato que

me destrata,

em cada agir

que a mim e ao

outro maltrata.

Minha Mãe,

minha adorável mãe,

queima as vestes

e o palco do meu

teatro nu,

Minha Mãe,

minha adorável mãe,

recolhe-me na sua

sabedoria e me

liberta de mim

mesmo, amém.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 18/02/2020
Código do texto: T6869245
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