Gratuidade

Estende o teu olhar manso e vago,

Contemplas "in locuo" essa natureza

Vede como é bela em seus rasgos

E lenitiva em suas profundezas.

O mar se debatendo nas encostas

Em seu rugido insistente a deleitar,

Os rios que nas suas correntezas

Estão sempre a procura desse mar.

Oh! Vede esses lagos santuários,

As matas de rígido esplendor,

Têm a mesma luz difusa dos sacrários

Onde a natureza canta em seu louvor!

Vede os campos em floridas primaveras

As várzeas, as areias, as inertes pedras

O sol, a lua, os astros em esferas

E tudo o mais que sobre a terra medra!

Vede os bichos sob toda a espécie

felinos, anuros, aves e insetos

Que num cio evolutivo gera e cresce

E tudo oferece sem fazer excetos!

Curva-te ó homem, em suprema gratidão

E na humildade, em troca, oferta o bem

Pois mesmo sem saberes a razão

Te foi dado ainda o sorriso e o perdão.

Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 19/03/2020
Código do texto: T6891645
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