Tarde

Caiu a tarde e a lembrança de novo veio

Tempo de mortificação severa

Eu mesma entendo como o agora

Espera de uma vida que foi devaneio

Espera de um tempo que não chegou

Creditando a quem nunca fez o que devia

Ó tarde bendita que me mostra por onde não fui

Entardecendo o que dentro de mim hoje sou

A consciência acordada diz que é aqui mesmo

O sossego de quem a paz sempre procurou

O encontro do rio com esse mar infinito

Chegada inevitável, reposta última do existir.

Maria Jucilene de Moraes
Enviado por Maria Jucilene de Moraes em 03/10/2020
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