Tarde
Caiu a tarde e a lembrança de novo veio
Tempo de mortificação severa
Eu mesma entendo como o agora
Espera de uma vida que foi devaneio
Espera de um tempo que não chegou
Creditando a quem nunca fez o que devia
Ó tarde bendita que me mostra por onde não fui
Entardecendo o que dentro de mim hoje sou
A consciência acordada diz que é aqui mesmo
O sossego de quem a paz sempre procurou
O encontro do rio com esse mar infinito
Chegada inevitável, reposta última do existir.